Para Onde Ela Foi - Gayle Forman


Sinopse: Meu primeiro impulso não é agarrá-la nem beijá-la. Eu só não quero tocar sua bochecha, ainda corada pela apresentação desta noite. Eu quero atravessar o espaço que nos separa, medido em passos - não em milhas, não em continentes, não em anos -, e acariciar seu rosto com um dedo calejado. Mas eu não posso tocá-la. Esse é um privilégio que me foi tirado. 

Com a mesma força dramática de Se eu Ficar, agora pela voz de Adam, Para Onde Ela Foi expõe o desalento da perda, a promessa da esperança e a chama do amor que renasce.


A continuação de Se Eu Ficar, Para Onde Ela Foi, é narrada dessa vez por Adam, 3 anos após Mia acordar do coma provocado por um acidente de carro que matou seus pais e seu irmão mais novo. Como já imaginado por muitos leitores do livro anterior, Mia foi aceita em Juilliard, e é obvio que ela não deixou essa chance passar, e partiu para seguir seu sonho. Entretanto, o que os leitores não esperavam é que Mia iria se afastar de Adam, sem nenhuma explicação. E é nesse fato que a história é centralizada.

Adam já é uma estrela do rock, Mia uma violoncelista de sucesso, porém o rapaz não tem certeza se a fama é realmente o que ele quer para sua vida. Ele tem sérias crises de ansiedade e um medo constante de ficar sozinho, e tudo isso é bem perceptível e explorado ao longo do livro. Esse é um dos motivos que me fizeram não gostar tanto do livro, pois personagens dramáticos demais não me agradam muito e me deixa até com um pouco de raiva da história. 

"Então é assim que ficou? É assim que eu fiquei? Uma contradição ambulante, sou cercado por gente e me sinto sozinho." 

A obra segue o mesmo padrão de escrita de “Se eu ficar”, com inúmeras lembranças de momentos vivenciados no passado seguidas/intercaladas de acontecimentos recentes. E isso é um ponto que posso citar como sendo um diferencial da mesma. A escrita da autora permanece excelente, porém o livro não conseguiu me emocionar e me fazer refletir como o anterior.

Notei um grande exagero da autora ao dar vida novamente ao personagem Adam nesse segundo livro, creio que menos seria mais nesse caso. Gayle Forman se focou demasiadamente nas angustias do protagonista, no sofrimento por Mia ter o deixado sem nenhum motivo aparente e deixou a desejar nas emoções e no romance, pois a maioria de seus leitores desejam esses aspectos quando procuram nas livrarias as obras da mesma.

Em suma, a leitura não foi desagradável, mas também não foi uma das melhores que já li ou que me marcou. Funciona bem para pessoas que não gostam de largar uma história pela metade, que gostam de ler continuações, mesmo que não sejam excelentes, mas que pelo menos complete a narrativa do livro anterior. Acredito que o livro poderia ter sido mais bem explorado, portanto é uma leitura boa para passar o tempo, mas não para ser um método de reflexão ou que fará com que você tome escolhas diferentes em sua vida.

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