Estilhaça-me - Tahereh Mafi
Ninguém sabe por que o toque de Juliette é letal, mas o Restabelecimento tem planos para ela. Planos para usá-la como arma. Mas Juliette tem seus planos. Após uma vida inteira sem liberdade, ela descobriu uma força para lutar contra todos pela primeira vez — e para obter um futuro com o único garoto que ela pensou que fosse perder para sempre.
O livro, narrado em primeira pessoa, conta a história de Juliette, uma jovem de
dezessete anos com um dom diferenciado: com apenas um toque ela corre o risco
de matar alguém. Após um incidente, ela é trancafiada em um manicômio por 265
dias e logo depois consegue escapar, porém a liberdade não será como ela
sonhou. A história trata-se de uma distopia em que o nosso mundo se encontra
devastado, com pouco alimento e poucos animais, portanto surge um novo governo que
promete consertar tudo, o Restabelecimento.
Comecei a lê-lo com grandes expectativas e acho que isso foi um erro, pois o
livro não começa com demasiadas emoções, após algumas páginas eu já estava
começando a acha-lo ruim e já pensava em desistir, mas então eu me forcei a
continuar.
Um dos motivos que eu comecei não gostando do livro foi por causa da escrita da
autora, Tahereh Mafi, sua escrita é peculiar e beira a poesia, e isso me
incomodou bastante, não só pela linguagem poética, mas pelo uso excessivo de metáforas,
que de certo modo me cansou. Para alguns isso pode ser maravilhoso, e realmente
seria para mim, se eu estivesse com o intuito de ler um livro de poesia naquele
momento, o que não era o caso.
No início eu esperava um livro cheio de ação e principalmente detalhamento do
mundo devastado, como as pessoas conseguiam sobreviver naquelas condições e
tudo mais, porém isso não aconteceu. Os detalhes da devastação foram fracos e
em minha opinião merecia ter sido mais bem explorados. Porém, tenho a impressão
de que a autora deixou esses detalhes para serem mais bem construídos nos próximos
livros, deixando um mistério no ar.
Sobre os personagens, eu tenho algumas considerações a fazer. O vilão, Warner,
foi um dos personagens que eu mais gostei (hahaha), ele é ousado, arrogante,
bonitão e meio psicopata, mas mesmo assim o achei interessante. Quanto ao Adam,
ah gente, ele é um fofo! Mas, a Juliette... Não gostei dela muito no início,
confesso, porém ao longo do livro ela vai ganhando confiança e começa a se
aceitar de uma forma que eu achei incrível e por isso criei um grande afeto por
ela.
"(...) eu estou me perguntando quando foi que me tornei uma palestrante motivacional. Quando deixei de odiar a mim mesma e passei a me aceitar. Quando ficou tudo bem para mim a escolha de minha própria vida."
Para os leitores que adoram um romance, podem ler com confiança, pois ele tem
sim uma pitadinha de romantismo. No entanto, não esperem cenas de paixões
arrebatadoras, por que o foco do livro não é esse, e é bem possível que nos livros 2 e 3 tenha.
Eu realmente aconselho que leiam esse livro, eu o achei meio paradinho
no início, entretanto, do meio para o fim ele se transforma em outro, a ação
começa e algumas coisas começam a ser reveladas. Gente, o final é incrível, nos
deixam com vontade de ler o próximo para saber o que acontecerá. Lembra-me um
pouco X-Men e eu amei isso! Leiam, leiam, leiam!
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