Paralelos - Leonardo Alkmin


O livro Paralelos foi minha última leitura da MLI2015, e também um lembrete pra eu tomar vergonha na cara e começar a aumentar minha lista de livros nacionais. O que me fez comprar esse livro foi os comentários sobre sua proposta, várias pessoas comentaram que o livro era baseado em diversas leis físicas, e isso já foi o suficiente pra despertar a minha curiosidade.

A história é baseada na vida dos gêmeos Vitor e Alexandre. Um morre, mas pelo plano divino ou vontade do horizonte de energia, ou sei lá que merda que queria isso o outro é que deveria ter morrido. Esse erro cria um desequilíbrio que compromete todo o universo. A partir desse acontecimento, os gêmeos vão precisar lutar para restaurar o equilíbrio do Universo, mesmo estando em dimensões diferentes, e a história vai se desenrolando alternando entre os acontecimentos no mundo da antimatéria, com o gêmeo que deveria ter sobrevivido, e no planeta terra (universo material), com o gêmeo que deveria ter morrido e demais personagens.


Mesmo aparentando ser um livro grande, foi uma leitura rápida pra mim. Inicialmente, temos o Alexandre narrando os fatos, mas os capítulos são separados por acontecimentos com personagens ligados aos irmãos de alguma maneira e outros que surgiram por causa do acidente. E tudo se encaixa e conecta com a história dos gêmeos. Confesso que não consegui me prender com algum personagem, nem mesmo os principais. E, mesmo o final me surpreendendo (achava que alguns personagens só serviam pra enfeitar a história mas ainda bem que foram usados no desfecho) não conseguiram me convencer de que eram tão bem construídos assim, como a sinopse diz.

A ideia de que a morte não existe foi muito interessante, de quebra o que mais gostei. Temos toda uma hierarquia no universo pós-morte e suas regras para sua interação com os vivos, tudo muito bem bolado pelo autor, que fez diversas pesquisas antes de escrever. "Eu sempre gostei de imaginar que existe algo mais". Contrapondo isso, o livro tem capítulos cheios de explicações, onde parece que o autor tem uma necessidade muito grande de “justificar” as regras universais baseado em teorias da física, que, além de soar inteligente, soa chato e sem sentido. E olha que eu gosto muito de ler trechos teóricos de física moderna.

“Ao se tocarem, provocavam a liberdade assintótica. Como estavam reduzidos a quarks, a liberdade assintótica era a saída obvia, porque, paradoxalmente, quando a distância entre os quarks diminui, a interação da energia fica mais fraca, até anular-se.” Pfvr né.

A leitura passou um pouco longe do que eu estava esperando, mas não foi algo totalmente ruim. Se você curte temas como vida após a morte, dimensões paralelas e elementos místicos, essa é definitivamente uma leitura interessante para você.

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